terça-feira, 9 de setembro de 2008

Depois de dias de stress... (e consegui, há algum tempo que não o fazia, publicar um post do dia)




Feliz! Bastante… Cheia! Com um enorme sorriso nos lábios… O centro está a engrenar… estava desmoralizada, arregacei as mangas e, hoje, toque de caixa! Tudo expedito e a cumprir as funções, crianças a jogar damas com os velhinhos, animadores a ajudar e a ensinar jogos de cartas. Trocas de histórias, estórias, anedotas e brincadeiras. Adivinhas e rapsódias. Sorrisos, muitos e… vida!!! Vida!!! Idosos que voltam a falar, a sorrir, que já não querem regressar a casa, que dizem que amanhã vão voltar, que estão a gostar, que “aqui é bom. Sabe menina lá em casa tenho mais uns amigos, os netos…”, mas não podemos chegar a todos. E os trabalhadores começam a sair no seu horário, sorriem, cansados, mas com o coração cheio e com a alegria de tudo começar a funcionar, por poderem ter o seu tempo para descansar, também. E, assim, mais paciência vou tendo para a falta de orçamentação de despesas do governo quando precisamos de saber do custo de um passe, para a desorganização que ainda vou vendo, para os “fazer” diferentes, para os erros no Português ou pelo constante “Máfáda”, mesmo quando nas minhas horas de descanso, ou até mesmo às 5h30 da manhã, porque um dia disse ao guarda que queria que ele me acordasse na manhã seguinte se passassem a vender peixe, a partir daí… “Máfálda!!! Quer peixi??? Barracuda!!!”, e lá respondo, “não, obrigada Azevedo, hoje não é preciso… e não volto a adormecer, mas viro-me para o outro lado e espero que a chuva passe para, pelo menos, poder ir dar uma corrida, se não, levantar e começar a trabalhar!

Entretanto… agora que temos motorista, ontem chegou a nova carrinha! Já podemos transportar os idosos e, as minhas costas, peito, pernas, cabeça, etc, etc, vão deixar de doer! Mas, melhor que contar, e porque se o fizer não vão acreditar, deixo-vos a fotografia do barco onde a carrinha foi transportada. Imaginem, agora, o meu medo ao vê-la sair, e, imaginem, também, a confusão que gerou num cais que tem uns 5 metros de comprimento e 3 de largura. Em que o barco é o único transporte de abastecimento da ilha e, por se ter atrasado (“para variar”), trazia mercadorias de uma semana… Fica aqui também a alegria trazida no barco, pelo correio. A encomenda do João!!! Maryland! Chocolates! Filme! Obrigada!!!
E continua a chover... e as previsões da metereologia não são animadoras! É verdade... pela primeira vez ouvi uma previsão da metereologia para São Tomé e Príncipe!!!

1 comentário:

João Pereira disse...

PARABÉNS!!!
Vale a pena lutar.
Beijo, até breve (para a semana o regresso)