quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Teresinha, já tens novidades para ler!

Cheira a civilização... vestida de forma formal (há tanto tempo... especialmenete de Inverno) a caminho de um colóquio sobre o Mar no Pensamento Estratégico Nacional, no Instituto da Defesa Nacional. Tudo se move tal como tinha deixado... o autocarro vem atrasado, mas com sorte chega ao centro a tempo de apanhar o comboio que se mantém à mesma hora, 13h08. Há a novidade do Lisboa Viva também no comboio ser de chip, mas o meu bilhete de 10 viagens continua o mesmo. Ponto de encontro em frente ao Garage, do outro lado da rua... e onde é o Garage? Nunca lá fui... Uma menina simpática lá mo indica, e há muita gente parecida... essa menina parecia a Carolina, mas não era. A atravessar a estrada parecia o Tiago mas não era... quase que parecem todos iguais. A retina ainda não habituou. O Santa apanha-me e já tinha visto no google maps o caminho, chegámos num instante. Será que para São Tomé também há google maps? "áinda...". Se houvesse seria engraçado... as moradas a colocar no GPS seriam algo como "casa onde Itler fica, junto nha Rosa, chácara". Sala de conferências bastante confortável e com vídeo-conferência para o Porto. Total interacção... fantástico. Perguntas e respostas colocadas lá e respondidas pelos oradores de cá, vermo-nos, ouvirmo-nos. Injecção de assuntos actuais debatidos de igual para igual e com novos dados que nos fazem ficar a pensar e a debater. Intervalo para um lanche... pasteis de nata e queijadas de feijão... não cheguei a tempo! Aqui também há marabuntas, e do pior... mas sobraram bolachas, "chips ahoy"! (e novo intervalo para mais umas bolachinhas!) Pasteís de nata e palmiers também. Como estava a dizer... a escrever... espaços abertos para debate, atraso e casa jnatar. Supermercado aberto às 20h e tudo!!! Almondegas, douradinhos, bacon às tiras, cogumelos laminados e inteiros, esparguete nacional a bom preço (mas comprámos Milaneza), vários tipos de natas. Baralhação, é o que é! Tal como foi a escolha do tarifário para o meu telele... especialmente porque não há bons preços para ligar para São Tomé. Uma carbonara, muito boa, feita pelo Santa e noite dentro a relembrar São Tomé, o Príncipe e Neve. Eles querem ir para Andorra, eu acho que o melhor, assim para perto, é Baqueira-Beret... Acordar cedinho no meio de Lisboa e sair com ar de quem vai trabalhar, só mesmo ar. Mais um dia de colóquio, de trabalho para outros... Pequeno-almoço no café, carro e tudo encasacado, cores escuras e as fantásticas cores das nossas árvores... avenidas alaranjadas pela tonalidade das nossas árvores de folha caduca. Estamos no Outono... E é bom almoçar apreciando o rio, o nosso sol quente e o céu azul. As tâmaras enroladas em bacon também estavam muito boas... O dia já vai no fim, é o encerramento do colóquio e o gosto sobre o estudo do ocenao foi novamente espicaçado... Teresinha, já tens mais novidades para ler. ;)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

As coisas fantásticas de um país dito civilizado... parte II

Um telemóvel que dá música, rádio, faz chamadas e envia mensagens! Mas o mais importante são as fotografias que tira... contudo, o crédito é todo da natureza que me envolve durante as minhas corridas matinais! ;) (a net ser rápida também ajuda para não desesperar a colocá-las, são as coisas fantásticas de um país civilizado!)




















É a igreja de Santo António onde fiz a 1ª comunhão... e é linda e foi muito bom regressar a casa...

(Outra coisa fantástica deste país dito civilizado é poder escrever directamente no blog e não ter de escrever no word primeiro, depois copiar para aqui e rezar a todos os santos para que a net não vá abaixo...)


Mas sinto saudades... muitas...
Estava dizendo bem desta net... e caiu umas 3 vezes até conseguir escrever e postar este post (desculpem a redundância... )

cacaôôô...


Imaginem o susto que apanhei... entretida a comunicar com a outra metade do outro lado do oceano, levanto-me e... ia chocando com este senhor muito sorridente a olhar para mim. Devolvi-lhe o sorriso e desejei-lhe uma boa tarde. (depois voltei atrás e muito gentilmente deixou ser fotografado)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

As coisas fantásticas de um país dito civilizado...

Não... o título deste post não é escrito com ironia. É escrito por alguém que passou 4 anos da faculdade a andar de metro sem ter rede no telemóvel, que até aos 16 anos não tinha telemóvel, que por inúmeras vezes utilizou as cabines telefónicas, especialmente aquele serviço fantástico de chamadas a pagar no destino, e que assitiu ao nascer da internet. Só tenho 24 anos, mas este início de post parece um texto de quem já tem 50, tal como a conversa de ontem no Pingo Doce. Eu e a Inês babávamos em frente às bolachas... que perdição! As "chocolat cake" da triunfo, o sabor que elas tinham quando apareceram e o sabor que têm... nada a ver, tinham mais açúcar granulado, sabiam mais a chocolate, eram mais fofas, mais saborosas. Resultado? Achámos que nem o dinheiro nem as calorias valiam a pena e comprámos umas do Pingo Doce que nos mataram a gula muito bem.
Entretanto...
Hoje fui ao cabeleireiro... soube bem! Um ano e um mês, mais dia menos dia, depois e o meu cabelo tornou a ver uma tesoura. "Está muito saudável", a água de São Tomé é maravilhosa... fiquei sem metade do cabelo e vim até ao oculista das Avenidas, de onde escrevo este post. Pois... a internet sem fios é uma cosia maravilhosa, especialmente quando está a um preço acessível a qualquer bolsa. Hoje fiz algo que nunca me tinha passado pela cabeça fazer ou, até, ser possível fazer. Num ano muito muda a nível tecnológico... há uma ano jamais pensaria ter um kanguro... hoje vim com ele no comboio, no metro, na linha azul, na verde e na amarela. Se quando fui para São Tomé não tinha rede no telemóvel em toda a linha de metro, hoje já tenho, se o preço da net movel era um "balúrdio" hoje já não é. Se antes viamos alguém a escrever ao computador enquanto anda de metro pensávamos "que sortudo, workholic" ou algo do género, hoje as pessoas que comigo se cruzavam deviam achar... "maluquinnha... que ar alucinado..." pois, mas quando do outro lado do mundo a net ainda está lenta, ainda não é acessível a todos e depende da existência de energia, de computadores vagos, da abertura do centro de internet, dos senhores da CST estarem bem ou mal disposto, etc, os deste lado do mundo, os que por sorte cresceram, vivem e têm raízes nos países civilizados têm de se sujeitar a serem considerados maluquinhos pelos seus compatriotas só porque andam de comboio e de metro com um kanguru, que diriam se me vissem com o Gorila ao ombro??? Bem, não é nada a que não esteja habituada... que isto de andar fardada de escuteira pelas ruas, ou até mesmo sair do país em voluntariado também suscita reacções idênticas. Estão a chamar-me... Xauê!

domingo, 16 de novembro de 2008

Guincho!!! Surf!!! E adoro a água gelada, o vento frio nas costas e o SOL!, que aquece.

Hum… uii… está frrria. Um ano e alguns dias depois é o regresso à sensação de entrar no mar do Guincho. O mesmo sabor agridoce, tão saboroso, de sempre. De entrar numa água gelada, que limpa, que rejuvenesce que me conhece, que a conheço. Um mar forte e leve, que numa espuma, numa onda traz o gozo de uma conquista, de uma gargalhada, de um sorriso. Um limpar, um centrar e novas forças ganhar para voltar a remar, por vezes contra a maré… mas é naquele lado que as ondas estão, que chamam mais. Estão mais límpidas, com menos gente, mais ao meu jeito, que às vezes é tão peculiar… e foi uma boa hora e meia de surf. O pensar e relembrar as saudades que dizia sentir da água fria, do mar forte e pedir para que nunca mais me lembrasse de dizer que sinto saudades do frio ou da água fria do Guincho. O maravilhar-me vezes sem conta com a Serra a descer, os cães a correr no imenso areal, os inúmeros papagaios que pintalgavam o céu, as nossas dunas, a quantidade de miúdos destemidos que se faziam ao mar com sorrisos estampados no rosto. Rever amigos do tempo da faculdade, do colégio ou até mesmo dali… encontros com gente desconhecida mas que, entre uma e outra onda, trocam sorrisos cúmplices de quem persiste e resiste ao frio e à escassez de ondas para tanta gente. Sair da água e aquecer ao sol, sentir o corpo salgado e ficar assim, só a olhar o mar. Aproveitando cada momento, o sacudir os pés e entrar no carro, saboreando cada bocadinho e sentindo já saudades de molhar os pés e mergulhar no “meu” mar do Guincho, gelado e forte!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Saudades, saudades de nhas terras São Tomé e Cascais...

Saudades, saudades, saudades... de nha terra São Tomé.
Ao ver o blogue do Francisco, ao recordar os momentos no Companhia, aquela gente, a, também, minha gente, deu-me um sentimento estranho... estranho pela ingratidão que tenho demonstrado por esta terra que me viu nascer e crescer. Esta terra fantástica que apenas perde pela gente que por cá anda e que dela não recebeu a educação (gente essa que também sai e por lá vai também fazendo estragos). Portugal, Cascais. Desculpem o bairrismo mas é impossível não ser uma ferverosa defensora deste pedaço de terra, mais fantástico que este nosso Portugal. Cascais tem o condão de a cada passo, a cada olhar, a cada respirar e a cada suspirar de saudades me maravilhar. O nosso cheiro, a leveza com que se vive o corre-corre do dia-a-dia. O nosso sol que aquece nas tardes frias, o verde que ainda conseguimos teimosamente pisar contra todas as regras da boa educação inscritas nas tabuletas "Proibido pisar a relva", que mania, que melhor sabor tem para uns pés, mesmo presos a uns sapatos, que caminhar pela relva fresca e macia, só igualável pelas "craonch, craonch" das folhas dos Plátanos a serem por nós pisadas, numa tarde de Outono, segurando uma dúzia de castanhas na mão. Mas tudo vai sendo vivido pela metade, e o que não é inteiro é difícil de gozar plenamente. E o dia há-de chegar... o dia em que me vou tornar a maravilhar plenamente ao sair do metro e ver o Castelo, do alto da sua encosta, iluminado, irrandiando uma luz tão característica da nossa cidade e só possível de apreciar nestas noites, ou, nos fins de semana em que Lisboa se esvazia de gente. E porque fui fazer um treino de atletismo (para o que me havia de dar...) e estou morta, a dissertação fica por aqui,
Xauê! Fica com Deçuê...
ps:Uma coisa fantástica, entre muitas que tenho descoberto, e que me lembrei agora... há um leite que além de ossos fortes, também tem boas notas a matemática! "ganda pinta!"

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Aventuras em terras Lusas...


E porque tenho sido um pouco injusta... não tenho andado a contar as aventuras por cascais e como estar cá me tem maravilhado e dado a certeza que sou uma priveligiada em viver no mais belo lugar do mundo, sim, sem dúvida mais bonito que São Tomé (os meus amigos São Tomenses que me desculpem, mas as verdades têm de ser ditas). Em nenhuma parte do mundo existe sol mais brilhante, céu mais azul, mar mais bonito com os seus dias revoltos e calmos, numa mistura de verdes e azuis incomparáveis, em nenhuma parte do mundo a arquitectura se funde tão bem na moldura de verde que é a nossa Serra de Sintra, imensa e imponente que gentilmente cede o seu lugar aos areais brilhantes que tantas histórias cascaenses têm para contar.
E assim... ontem fui ao médico, Lisboa, pois claro!, quim... não! a Erica também ia a Lisboa e deu-me boleia. Para poupar uns belos trocos, e porque apanhei o gosto por andar a pé, meti-me a caminho até ao Século (à Fundação "O Século" - http://www.oseculo.org/). Desci, apanhei o paredão e fui-me maravilhando com o ambiente, parei no colégio, nos Salesianos, para dar um beijinho aos professores que fui encontrando e um enorme à Margarida, à enfermeira, esse anjo que a tantos alunos, que a mim, amparou tantos golpes e "golpes", sempre com um sorriso despachado e uma "corrida" enérgica se achava que já estavamos a "passar as marcas". Como está tudo tão diferente mas tudo tão igual. As Testemunhas do Sr. Jeová a quererem que me junte ao seu grupo... não adiantou dizer que já conhecia o Senhor, mas de outras "estórias", e, apesar de ele se meter em "trabalhos", certamente não são tão graves que o Senhor precise de testemunhas, quiseram-me convencer do contrário e eu despachei-as. Lá continuei caminho e foi engraçado ver gente de sempre... os senhores das bombas de gasolina são os mesmos, mas mais velhos, o senhor do autocarro 409 o mesmo de há anos, e o da 403 também não mudou. Os "miúdos" dos escuteiros maiores, o Pingo Doce e o Multibanco que mudaram a imagem e... mais uma aventura! À noite fui passear aos Armazéns do Chiado com a Carolina, programa de ver lojas (há tanto, tanto tempo...), e o multibanco engoliu-me o cartão, por questões de segurança! Não era apenas quando errávamos 3 vezes no código?! Bem... novidades... como o foi mudar da Vodafone para a TMN e ter de escolher um entre os mil e um tarifários, sem saber os números da maioria dos meus contactos, e, quando não existe nenhum tarifário internacional "de jeito". Andei de metro! Já não existe o bilhete de 10 viagens... agora é um recarregável. Bem... e para terminar... Ainda não conhecia a minha prima Carolina e segunda-feira fui tomar conta dela. Amorosa! E o meu primo Vasco... enorme! Giro e esperto. E, pois claro, um ano fora... sol em Cascais... não levei anorak. Apanhei um "briole"... Sintra, Sintra... só faltou um travesseiro quentinho... falta di bo!


Xauê!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

As meninas de Cascais


Começo com muito orgulho por defender o que durante muitos anos não entendi:ser menina desta terra. Escrevo, aliás, já como ex-menina de Cascais. Fruto do tempo, alcancei o estatuto de "tia", até porque ainda há dois dias fiz 40 anos... Com alguma saudade, agora percebo o que foi fazer parte desse distinto bando e não me fica nada mal defendê-lo, no mínimo, com unhas e dentes. Porque será que há quem faça gala em falar mal e atacá-las, apelidando-as de fúteis, histéricas, snobes, etc? Ora bolas, patetice de quem vive fora ou ignorância sobre o que é por aqui viver e crescer. Digo-o eu que , hoje em dia e depois de ter vivido em várias partes do mundo, optei (e bem!) por esta vila que tanto foi de monarcas, como é de pescadores e sem que isso incomode quem quer que seja . Não há dúvida que estas meninas são especiais. Quanto mais não seja porque irradiam uma luz fruto do nosso bom clima; trazem na pele a cor das nossas praias; nos olhos o brilho do nosso mar bravo mais azul que qualquer outro; perfumadas a maresia; comportam-se como o nosso vento, dando rajadas de gargalhadas e gritos de quem tem garra e vontade de viver com descontracção. E alheiam-se completamente de quem, ao longe, lhes cobiça a frescura e naturalidade do que é crescer na magia desta terra. Sempre confundindo futilidade com beleza, snobismo com bom ar, ou histerismo com alegria. É por essas e por outras que Cascais não é cinzento, veste-se constantemente de cores. Quanto mais não seja as que, faça sol ou sombra, embrulham as "meninas de Cascais".

Paxi Canto Moniz, em "+Cascais"

Como poderia eu não ter ficado apaixonada por São Tomé e pelo seu povo que com naturalidade aceitam as minhas gargalhadas rasgadas, não confundem a minha descontração e me acompanham na alegria de viver.

domingo, 2 de novembro de 2008

coisas que ficaram por contar...







E sabe bem "cuspir" bagos de cacau...



"É agora que eu vou ficar gooooooordo! Comer na hora. Jogar na hora. Ver televisão na hora. Descansar na hora. É agora que eu vou ficar gooooooooooooordo!" "João! Esta carrinha é dos veelhos. Tu tens de obedecer. Hoje quero ir atrás! Atrás mesmo, não é na cabine. Vem abrir a porta!"



Não há confusão... este chapéu é meu!!!



...comprar o peixe bem fresquinho.



Mangustão... um fruto indiano, muito bom, e que só existe em Bombaim, uma Roça perto da Trindade (por isso 6 custam 50 contos... 50.000 dobras! - mas vale a pena a extravagância)


...o lagarto que se decidiu alojar lá em casa. Só não tenho é fotografia dos animais aquáticos que subiam pelos canos, tão perto do mar está a casa, e na banheira também se alojavam.