terça-feira, 16 de dezembro de 2008

fresquinhas! fresquinhas!

Meus queridos… peço imensas desculpas pela falta de notícias, mas, de regresso a São Tomé tive de voltar ao esquema de escrever primeiro no Word, guardar o post, e, ao ligar à Internet postar. No entanto… ainda não tinha o Office instalado, o que dificultou a postagem e daí a falta de notícias. Contudo, mais rápido, foi encontrar um Office por estas bandas do que por essas, é o de 2003 mas dá para safar até o Marcos ir a Portugal e trazer o 2007 – depois de habituar é muito mais bonito e prático. Porquê uma semana? Porque o ideal ao instalar é estar ligado à corrente, e… pois é! São Tomé e a corrente eléctrica têm um problema de fundo. Assim, lá estava eu, no jardim do Pestana, a escrever-vos quando chegou o Nuno e tive de interromper. Fomos jantar ao Jasmim. Hambúrguer, estava mesmo a apetecer… mas só mesmo ao fim de um ano de aqui estar é que aquilo parece divinal, agora… ainda só cá estou há uma semana! Divinais têm sido os almoços na Tia Nanda, peixe variado com banana frita… que saudades que tinha!!! Seguimos para uma festa no Pirata.
Não vos contei os últimos dias por aí…
Frio… muito frio… e com as saudades mais frio tinha! – Agora estou com saudades daí e ansiosa por dar a conhecer o país fantástico que temos! – Foram dias de caos absoluto, uma corrida, tentar despedir, telemóvel com rede estranha e esquisita, trânsito, trânsito e mais trânsito!!! Disto é que não tinha saudades… chuva e vento, soube bem. Mas trânsito… agh!!! Bom Bom, não, não é o Bem Bom, foi mesmo na quinta-feira da volta por atrasos que me deixaram possessa, ter de ir buscar o bilhete à TAP, últimos contactos com São Tomé, três horas no trânsito! Três horas!!! Tinha de ir ao médico não fui… mas o melhor foi o carro começar a soluçar… gasóleo! Uff… saída do Estoril a uns metros e parar na rotunda da saída e entrada da auto-estrada. Foi por pouco. Arrumar o computador (que tinha estado a utilizar), mochila às costas, chuva, sem anorak ou guarda-chuva e andar até à Repsol (uns 50 passos). Beber água, despejar os outros 4 litros e tal e encher o garrafão de gasóleo. Consolar com uns Ferrero Roche e volta ao carro. Abrir o depósito, ploc, ploc ploc… acelerar e, nada!!! Tentar mais uma vez. Nada. Nova caminhada de mochila de computador (a carrinha não tranca as portas) e um “repeat”, mas já sem o desperdício da água e com um final mais feliz. Chegada a casa e a maravilhosa visita e ajuda da Erica e da Teresinha. Uns amores!!! A minha mãe pode-lhes agradecer a arrumação do quarto, para mim já estava arrumado… mas elas não concordaram e lá o puseram mais ao estilo mãe. Despachar para o Aeroporto. Bagagem demais e com muitos quilos a mais. Afinal não são 30 mas 20 quilos, e eu com 35 só em bagagem para ir para o porão. “Oh meu Deus… eu vou para lá viver, só agora soube do novo peso… não me faça uma coisa dessas. Nem trago a prancha de surf para não pagar excesso…” o meu ar deve ter sido tão desesperante e simpático que a senhora correspondeu e lá deixou passar. Deve ter sido mesmo desesperante porque fui a única que deixaram passar, estavam intransigentes e com a de mão foi um filme, um filme mexicano… algumas coisas tiveram de ficar em Portugal. Bem, mas ao contrário do que a TAP me assustou e fez crer lá passei por todas as fronteiras só com meu bilhete de ida e chegada a São Tomé muito espantaram “Em que hotel vai ficar?” “Em nenhum, vou ficar no aeroporto” “no aeroporto?!” “sim, não, na localidade e não no aeroporto próprio”. E cá estou a ver aviões passar neste movimentado aeroporto internacional (ironia…), a janela do quarto desta típica casa São Tomense tem vista directa para a pista do aeroporto. Neste momento estou numa casa mais atrás… o barulho era demais, há um senão… a casa de banho fica na outra ponta do quintal e pelo meio tenho de passar por 4 cães, nada de preocupante, não fosse um deles ser extremamente simpatizante da “brranca” e, silenciosamente, me tentar comer um bocado cada vez que me vê. Vá lá… tenho um Tarrrzan que me vai protegendo.
O Gu deu-lhe para amuar e não me dá confiança, revira os olhos quando falo com ele, olha-me de lado e só quando me vou embora, depois de o visitar, é que grita, grita, grita e chama por mim, volto atrás e desprezo novamente. Ainda está a viver com a Yara e por lá vai continuar… não fui capaz de lho tirar, é uma criança e afeiçoou-se imenso a ele, e eu, começando a trabalhar tenho menos tempo para estar com ele. Vir à maluca dá nisto e lá ando a tentar concretizar contactos, enquanto não estão, lá tenho de tomar banho no tanque e lavar os pratos em alguidares! J Agora está na hora de uma fatia de mamão com limão e telenovela (esta última não para mim… mas para a gente do quintal sim - é o grande momento da noite!).

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