quarta-feira, 9 de julho de 2008

Gorila, Centro, TVS e gente

Começar o dia com o Gorila a chamar para fazer as necessidades na rua… escusava de ser às cinco da manhã, depois de me ter deitado às vinte e três… e muito! Mas chamou, e é sinal de estar a ficar civilizado, pelo menos isso! Ontem, o Eilen (um irmão Eudista, congregação religiosa masculina que está no Príncipe) dizia que o Gorila estava muito bem-educado!
Pois é… a loucura continua! Depois do João e do Filipe, a Sílvia! Diferente… reuniões e transportá-la. A carrinha não mexe o banco e ela não chega bem aos pedais e ao volante. O meu dia ficou virado do avesso e é excelente! O centro já está quase a abrir e estou contente. Poder chegar a 35 pessoas nesta primeira fase vai ser consolador, mas motivante vai ser criar condições para chegar a muitas mais! Vem aí trabalho! Bastante e “de abuso”… fichas, inventários, fiscalizar, organizar, animar… ansiosa! E, agora, uma ida a São Tomé para matar saudades e despedidas. Entretanto, por cá, lá sucedem os momentos deliciosos. Ontem, uma mão cheia de crianças, trepou e saltou o cercado da parte de trás do Centro. Estava eu, o Marcelo e o Nicolau a finalizar o plano de formação… gargalhadas, olhos curiosos, “branca!branca!” e “Malvada!”. Mãos e pés rápidos, já estavam cá dentro. Nicolau com cara de mau a passo rápido e “vssssttt”, num ápice apareceram do outro lado do cercado e desapareceram no embrenhado de casas que dá para a Rua Nova. Gargalhadas, minhas e do Marcelo, mas, ar sério, aquando do regresso do Nicolau. Finalizámos o plano de formação.
Nos entretantos… o pé já está quase, quase bom e ontem fui nadar uma hora para Abade. Deliciosamente vi roupa estendida numa corda, num alpendre de uma casa. Presa com molas, molas por cores, aos pares (mãe, só faltou condizerem com a roupa…), ao invés da roupa estendida no alcatrão, quis tirar uma fotografia… não faltou o rolo, mas o cartão de memória! Oiço mais concepções inovadoras acerca da relação homem/mulher e que coisa estranha, essa dos Europeus se apaixonarem… e eles que se apaixonam à primeira vista tantas vezes - “Mas não é essa paixão.” – vá-se lá entender. Muitos desastres de mota obrigaram o governo a legislar sobre a obrigatoriedade do uso do capacete aquando do deslocamento nas motas. Uma campanha publicitária foi feita… o slogan? “Mais vale um pé na travão que dois no caixão!” Mas esta não é a única “maravilha” da televisão São-tomense… Rafael Branco foi empossado primeiro-ministro, dias mais tarde uma campanha de apoio ao primeiro ministro passou na televisão, fotografias, filmes e ditos como “O Rafas é amigo do seu amigo!” “o Rafas é gente simples” acompanhado de uma fotografia do senhor com uma enxada na mão… pérolas da TVS.
“Ó Mafalda, você tem culpa sim. Quem mandou ser bonita, jeitosa, quente… Meu coração guardou por si. Ninguém te supera, e eu já tive muitas mulhere. Estudei.. Que posso fazer? Dá um beijo para eu consolar.” “Está a ser verdadeira sim. É uma esperança!” E lá decidi que era melhor despachar antes de me rir às gargalhadas, que já estava a ser complicado conter, e magoar mais um “coração” que tremia ao falar e à minha não correspondência. O que vale é que é amor de pouca dura.
Está fresquinho… ontem calor, hoje fresco e com pingas. Apetece calçar meias…

1 comentário:

Teresa Noéme disse...

Há muito que não escreves... Por onde andas?! Beijinho grande*