terça-feira, 26 de agosto de 2008

Bala bala e com muita paciência

E enquanto scanerizo mais uns orçamentos, (a ver se o Centro abre!) escrevo este post. Na televisão, que está com umas incertezas quanto a transmitir a emissão, é sempre assim depois de vir a energia, chuva, emissão, chuva, emissão, e lá se decide, toca o Rui Veloso com a Ilha do Pessegueiro. Daqui a pouco, um bocadinho do Bom Dia Portugal e Portugal Contacto, que como boa migra até “papo” e por vezes com algum interesse! Migra…
Ontem fiz a minha estreia em tribunal!!! Defesas oficiosas… e que tribunal! E que casos! Que testemunhas! Que arguidos! Que ofendidos! Os casos foram de injúrias e ofensas corporais simples, marido e mulher. Que papel ingrato o meu, especialmente quando ao perguntar ao arguido, tentando atenuar-lhe a pena, se ele está consciente que cometeu um crime, se ele o tornará a fazer ou apenas o fez pela pressão da sociedade por estar sem emprego, por a mulher não querer ter relações com ele, por dizerem que a mulher tem outro e por ainda não ter conseguido ter filhos, e ele me reponde “isso é vérdadi dona, más umas bofetadas são boas para chamar atenção”. E o Príncipe não tem estabelecimento prisional, o governo acha dispendioso enviá-los para São Tomé e lá ficam com penas suspensas… E depois lá vêm as “estórias”, contadas desde o tempo dos trisavós que já se conheciam e ou que eram primos, amigos ou inimigos, e o réu (por cá arguido ainda não entrou no sistema) estava com o companheiro que andava com ele e disse-me não sei que lá no dia trespassado depois de me ter encontrado com o fulano depois da missa, que não tinha sido num domingo. Alguém consegue entender??? Hoje há mais e estou cheia de vontade!!! Honorários? Esqueçam… eles nem dinheiro têm para “mandar cantar um cego”.
Nos entrementes, ou no plano principal, a festa acabou ontem, na Romar (uma Pensão), prometia festa e surpresas para terminar este mês de São Lourenço mas… era o Ely Trindade a cantar, e nós que andámos a fugir dele o fim-de-semana inteiro… O Ely Trindade é o cantor pimba cá do sítio, não sei se se pode falar em Pimba por estes lados, mas não gosto muito, as músicas não são muito dançáveis. Lá o ouvimos, mas a chuva começou a cair e casa! J Tem chovido todos os dias, com abertas durante o dia, com chuva no Rio e na estrada logo ao lado não, com molha do Centro mas do carro não. Maravilhoso. Domingo, dia da reposição do Auto de Floripes, não escapou… mas às 8h, quando começou a busca dos pares, parou e aguentou até ao fim do Auto, 20h e pouco, desabando depois. Lá se cumpriu a tradição que em dia de São Lourenço nunca chove!
E em nota de rodapé… o Nicolau continua a desaparecer e a aparecer. Eu cheia de pressa e o Nuno, amoroso, calmamente e vagarosamente pergunta como estou, se está tudo bem, que é preciso lavar o carro, etc, etc, e eu que estou bala bala a enviar os orçamentos para a Mila, para tomar o pequeno-almoço e ir para o tribunal!

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