segunda-feira, 9 de junho de 2008

Fim de semana com o Reicardo


Sexta-feira, depois de uma berra, banana (mamão não porque ainda estava muito cru) e leite fui até à internet. Cedinho… a hora de levantar também o foi. Chovia… esperava que parasse. A subida ao pico papagaio estava combinada, não queria desmarcar. A Teresinha apanhou-me e lembrou-me “não puseste nada de novo no blogue…”. É verdade… o dia de quinta-feira ficou em branco… porquê? Não tive tempo! Que maravilha não ter tempo! O rei Ricardo chegou!!! Depois de uma excelente manhã na praia com o Dunga e o Quinter, em que tive mais umas lições fantásticas sobre mulheres, pássaros e homens, almocei e, com o Gorila, dormi a sesta. 16h aterrava o Reicardo… Alegria! ;) Caminho para Santo António. Mostrar-lhe esta cidade perdida no meio das montanhas, esquecida no tempo com os encantos de um sorriso a espreitar atrás de cada janela ao passar de um estrangeiro. Tralha deixada no submarino e… mergulho na praia Évora. A praia toda para nós. Maré baixa… coqueiros e palmeiras, água quente. Que mais se podia querer? Escurecia… banho e jantar na Juditinha com direito a reportório completo de cantorias que tenho vindo a ensinar à criançada. No mínimo animado. A acompanhar? A excitação de uma cara nova, um homem, um amigo da Mafalda. Noite sem ser na net… conversas e filme. Sexta-feira foi subida ao morro do papagaio… indescritível a beleza da floresta, a comunhão, a harmonia, a exuberância, a grandiosidade. Após grandes lições de biologia lá chegámos ao topo. Uaaau!!!… Somente “UAAAU!!!” e na descida… quedas, bastantes, das boas. O Reicardo
lá pôs Porto Real em busca de uma minhoca, que não é uma minhoca, uma cobra cega, que não é uma cobra… um bicho rastejante amarelo. Partidos mas não cansados acabámos a tarde no bem-bom… no Bom-Bom. Todo para nós… (já vai sendo hábito) e o coração na boca, também. Não pela luta entre Gorila e papagaio mas porque não há gasóleo na ilha e o carro estava na reserva já há uns dias. Mas… a sorte protege os audazes e lá chegámos à cidade, a acelerar porque Porto Real encontrou a cobra, que não é cobra, mas que é cobra bôbô e que, portanto, por ser cobra e não outra coisa estranha, não era o que o Reicardo procurava… mexe e remexe, fotografa e “cê é corajoso” “pôs remédio, não foi?”, eles têm medo de pegar na cobra, e o remédio era água para lavar as mãos, pois o bicho que o Ricardo procura não suporta água salgada. Ovos estremexidos (estrelados + mexidos) para o jantar, com arroz de cenoura (delicioso) , e submarino. Mais um filme e óó. Sábado… 5h da matina e o Gorila decide acordar e acordar toda a gente… guinchos e mais guinchos. Mas lá tem de ficar na rua. Castigo! Chichi e cocó é na rua e não em casa. É bom de ver que dormir depois foi complicado. O barco já chegou! Os dois. O que andava à deriva e o que veio e foi para o socorrer. Gasóleo!!! E lá se foram as ideias para o dia. Só gasolina… gasóleo só lá para quarta ou quinta-feira. “ok! Vamos fazer um bolo para a festa de logo à noite.” Não havia açúcar… desisto. Nem banana madura, nem açúcar, nem gasóleo! Trabalhar um bocadinho e a boa notícia – a EMAE vai emprestar gasóleo para venda… ao preço normal de mercado! Apenas a partir das 14h… almoçar mais tarde do que é habitual e passar na bomba às 14h20. Outro filme… fila!!! – kê kuá? Tirar o gasóleo do bidão com uma bomba de manivela, colocar numa lata, funil e depósito. Atestado e… praia banana!!! Com o Midrael, o Fofo e o José Mário, alguém que está por cá durante os próximos 15 dias a trabalhar para a UCLAA, uma união das cidades de língua Portuguesa. Praia toda para nós!!! Nadar até á praia burra e foi por pouco que o José Mário não sucumbiu ao cansaço. Lá fomos a pé… Comunidade amorosa, de pescadores. Acolhedora. Muito organizada… ficámos a saber que a estrada para a praia burra é melhor que a da praia banana, que é toda em pedra, calhau solto. Subir em primeira, com tracção às 4 e rezando a todos os santinhos. Não tem chovido… pelo menos. Bastante partidos mas a prepararmo-nos para a festa do dia do jovem (em contraposição à do dia da criança) da 8ª classe, e, claro, ver o jogo da selecção!
2-0!!! E nem falaram nisso no telejornal de São Tomé… e a festa esteve morta… reageezada na praia. Terminou cedo, bastante… às 5h de hoje tocava o despertador. Que alegria!!! (dito com bastante ironia) vamos fotografar passarinhos… o Reicardo esteve em êxtase e eu acompanhei. Que pássaros bonitos… que cores… que diversidade. Uma hora e meia nisto e mergulho na praia abade. Baía maravilhosa com miúdas realmente bonitas. Rosa e branco a contrastar com o preto da pele e o sorriso desarmante de criança, impossível de fotografar… apesar das tentativas. Mas o avião não espera e ainda faltava fazer as malas e tomar o pequeno-almoço com passagem por Sundy. O que é possível fazer numa manhã… lá fomos. Malas feitas e tudo arrumado… omolete, leite, pão e manteiga carrega as baterias e Sundy! TT, a abrir… disseram-nos meia hora de relógio. Imponente. Palmeiras reais dão-nos as boas vindas e a casa arranjada regala-nos. Sorriso ao ver a fortaleza, talvez o novo-riquismo da época… TT para o aeroporto. O avião partiria às 11h30 com check in às 10h30/11h. conseguimos chegar às 10h45 e… tudo fechado! Avião estacionado… tudo fechado. Aparece o Sr. Pinheiro. Não nos ligaram a avisar que tinha sido atrasado para as 15h, mas o do Ricardo mantém-se para às 13h… entre Bem-Bom dar um mergulho e contactar com a população… contactar e inventar uma nova versão do “I’m leaving on a Jet Plane”. Viaduto da pista passado e “Vem avião?” “Não” então podemos passar. E afinal não há viaduto. Bem que o Ricardo estava espantado (pode ser que daqui a um tempo haja, com as obras de reabilitação que o dono do Bom-Bom vai levar a cabo). Converseta com uns miúdos que andavam aos pássaros, não para os fotografar e proteger, mas mesmo para caçar com fisga… diversão. Ricardo em “choque” e a “delirar” com as informações do mocho que afinal até existe no príncipe. Hora do avião, nova travessia da pista. Lá se foi o primeiro… agora é a minha vez… sentada no aeroporto esperando pelo meu avião. Respirar um pouco a São Tomé com 100 contos (100 000 dobras, que equivale a mais ou menos 5 euros) no bolso para comprar hortaliça para a Tété (Juditinha, Judite). E o gorila refila… reclama atenção.


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