domingo, 22 de junho de 2008

A "loucura"...

De manhãzinha é que se começa o dia! Mesmo depois de uma noitada… 6h da manhã e o Gorila começa a avisar que já está acordado e que precisa de ir à casa de banho, hoje não fez nada no seu canto aqui do quarto!!! É de notar que as noitadas aqui são até às 23h… e já foi no fecho da discoteca! Pois é… depois da frustração de anteontem, descobri a música que vos falei, vinha da “discoteca, mine-boutique e bar, estúdio de gravação” da esquina, quem desce o rio papagaio, a seguir à ponte é na 1ª à esquerda (elucidados?), mas estava vazia, apenas com o dono lá dentro, meio adormecido. Descobri, ainda, que há pessoas que costumam parar lá, ficar no passeio e ficar, assim só, a ouvir a música. Como ia dizendo… depois desta “desilusão”, ontem houve mesmo festa, em Santo António Praia! Ia para o pequeno-almoço e o Nicolau avisou-me que às 12h havia missa em Santo António Praia e, depois, festa! Tomei o pequeno-almoço, fui dar um mergulho e segui, a pé, para Santo António Praia. 15/20 minutos de caminho, e muito se espantam por eu andar a pé… “carro não tem combustível?” e lá me obrigam a aceitar a “bóleia”, por causa do sol, que está muito quente (20 e poucos graus e um ventinho que nem nos deixa sentir o calor). Santo António Praia… do outro lado da baía, para dentro, perto do antigo estaleiro. Já lá tinha estado aquando das entrevistas. Praias de areia preta, capela pequenina, muito amorosa, e enfeitada de forma muito simples e bonita. Pouca gente… ao inicio! No fim já havia gente fora da capela. Para o almoço mais gente… bem disse o Pde Manuel na homilia. Depois da missa houve a Chola, o Santo António vai de piroga, acompanhada por outras, dar a volta à baía. Muito simples e bonito. Bastante familiar e sentido. Receios do mar que são vencidos nesse momento e lá dão a volta à baia, apesar do vento. Fazem círculos, escoltam a piroga do Santo e regressam para o merecido almoço de festa. Azagoa, molho no fogo com banana (o que eu comi, malagueta demais…, até a banana prata crua me soube bem), pintado, carne… este ano mais pobre, mais frio, dizia-me o Pde Manuel (e veio a energia e o ecrã iluminou-se mais!), a vida no Príncipe está muito cara, não há produtos no mercado, está seco… mas as pessoas continuam muito hospitaleiras e fazem de tudo para nos fazer sentir em casa, comi um bolo, muito simples, o “típico”, o habitual, farinha, açúcar, leite, ovos…, acabado de sair do forno que me soube a bolo da Garrett. Passeio, convívio e casa tomar banho. Deitar o Gorila. 2ª parte… jantar Zua com farinha de mandioca torrada e… banana maçã, bolachas, para tirar a malagueta da boca!!! Depois foi entrar na discoteca preparada para o efeito e dançar a noite toda, que é como quem diz, das 20h às 23h. Complicado ser a única branca… parava de dançar e já tinha 6 ou 7 puxando-me para mais uma tarrachinha. E era só tarrachinha… e cansa… mas são respeitadores. Apenas um tentou “esticar-se” mas lá estava o Cac e “salvou-me”, vinho de palma com cerveja, fanta e quentaku não dá bom resultado...
E para que as más-línguas parem houve mais festa e mais agitação nesta ilha, neste ilhéu… Depois da iluminação do ecrã devido ao arranque do motor do gerador da EMAE, de ser acompanhada por duas crianças e de tomar o pequeno-almoço fui à missa e, comer banana prata madura e pontada assada – boa. Almoço de anos do Pde Manuel “implica” banho ao Gorila. Lá esperneou, agarrou e… ficou a parecer um rato sem pêlo. Mas depois de seco… lindo! Cheiroso! Excelente comida (nada de macaco) … degustar um prato não antes provado de comida da terra, Bóbó (que aqui vos deixo na fotografia), bom. Novas caras e bolos fantásticos. Fiquei ainda a saber que em espanhol é politicamente incorrecto dizer-se a um homem, perguntar, se quer, se vai comer bolo. E as trocas culturais continuaram com a ida à praia com a criançada do costume mais o Cac, o Nuno, a Simone, a Lilia e a Liliete. E como não me tinha empanturrado muito… mais uma coxa de frango e arroz com molho de caril. Não podia dizer que não… e também não jantei, para ser “coerente” com o jejum. Regresso da praia… tanta gente na rua!!! Umas 20 pessoas. Cingindo-nos ao universo populacional de cá é muita gente… e animada!!! Um grupo dos escuteiros estava a tocar música variada. Desde kizomba a bulaué passando por rock, pop e sacra. Muito, muito giro. Fim-de-semana agitado, noite cerrada, post terminado e gorila de cabeça para baixo a dormir no meu peito. Bateria a acabar… hora de regressar ao submarino!
Ah… e o Gorila já sabe comer pastilha elástica. Sim… ;)

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